Publicação

Estudo dos biomarcadores procalcitonina e proteína c reativa em doentes com infeções bacterianas

Detalhes bibliográficos
Resumo:Os avanços promovidos pela investigação científica têm vindo a solucionar ou a melhorar a resposta a diversos problemas relativos à saúde pública. Uma das patologias mais graves em todo mundo, responsável pela ocorrência de elevada mortalidade nos doentes afetados, é a sepsis. A deteção e diagnóstico precoce da sepsis representam um desafio diário no ambiente médico hospitalar devido à complexidade da doença e à falta de métodos específicos. Um dos métodos da deteção da sepsis consiste na realização de análises aos níveis séricos de biomarcadores que mostram alteração na presença de agentes patogénicos. A procalcitonina (PCT) e a proteína C reativa (CRP) são os biomarcadores mais utilizados para a deteção da sepsis. Estes biomarcadores permitem uma resposta rápida contribuindo positivamente para o diagnóstico precoce desta doença. Neste trabalho, realizou-se um estudo dos doentes com idade superior a 65 anos internados na UCIP com infeção bacteriana, nos anos 2016 e 2017, que efetuaram análises aos níveis séricos da PCT e CRP. O objetivo principal deste trabalho foi verificar o nível de concordância na utilização dos biomarcadores, PCT e CRP, para o diagnóstico da sepsis através de um estudo pormenorizado dos dados dos doentes que deram entrada no CHTMAD. Verificou-se que apesar de CRP ter sido descoberta e utilizada no âmbito hospitalar antes da PCT, este biomarcador não apresenta especificidade suficiente para a deteção da sepsis. Em contrapartida, tem uma sensibilidade considerável na presença de agentes patogénicos no organismo. A PCT manifesta uma especificidade superior e, por isso, é o biomarcador mais utilizado para diagnóstico da sepsis, apesar de mais dispendioso. Como complemento a este trabalho foi também calculado o intervalo de cut-off prático e o índice de concordância de utilização simultânea dos biomarcadores, PCT e CRP, para o diagnóstico da sepsis, definido como índice kappa (IK). O intervalo de cut-off prático foi concordante com o intervalo dado pela ROCHE®, para o ano de 2016 e 2017. Desta forma, verificou-se que existe coerência entre o método considerado e o obtido na prática laboratorial. Após a realização do cálculo do IK, o grau de concordância foi classificado como “Muito Bom”, valorizando a utilização da PCT e CRP em simultâneo para a deteção da sepsis.
Autores:Carvalho, José António; Dias, Albino
Assunto:sepsis procalcitonina intervalo de cut-off prático proteína C reativa índice kappa
Ano:2019
País:Portugal
Tipo de documento:dissertação de mestrado
Tipo de acesso:Aberto
Instituição associada:Repositório da UTAD, DSpace at My University, Repositório Institucional da UTAD
Idioma:português
Origem:Repositório da UTAD
Descrição
Resumo:Os avanços promovidos pela investigação científica têm vindo a solucionar ou a melhorar a resposta a diversos problemas relativos à saúde pública. Uma das patologias mais graves em todo mundo, responsável pela ocorrência de elevada mortalidade nos doentes afetados, é a sepsis. A deteção e diagnóstico precoce da sepsis representam um desafio diário no ambiente médico hospitalar devido à complexidade da doença e à falta de métodos específicos. Um dos métodos da deteção da sepsis consiste na realização de análises aos níveis séricos de biomarcadores que mostram alteração na presença de agentes patogénicos. A procalcitonina (PCT) e a proteína C reativa (CRP) são os biomarcadores mais utilizados para a deteção da sepsis. Estes biomarcadores permitem uma resposta rápida contribuindo positivamente para o diagnóstico precoce desta doença. Neste trabalho, realizou-se um estudo dos doentes com idade superior a 65 anos internados na UCIP com infeção bacteriana, nos anos 2016 e 2017, que efetuaram análises aos níveis séricos da PCT e CRP. O objetivo principal deste trabalho foi verificar o nível de concordância na utilização dos biomarcadores, PCT e CRP, para o diagnóstico da sepsis através de um estudo pormenorizado dos dados dos doentes que deram entrada no CHTMAD. Verificou-se que apesar de CRP ter sido descoberta e utilizada no âmbito hospitalar antes da PCT, este biomarcador não apresenta especificidade suficiente para a deteção da sepsis. Em contrapartida, tem uma sensibilidade considerável na presença de agentes patogénicos no organismo. A PCT manifesta uma especificidade superior e, por isso, é o biomarcador mais utilizado para diagnóstico da sepsis, apesar de mais dispendioso. Como complemento a este trabalho foi também calculado o intervalo de cut-off prático e o índice de concordância de utilização simultânea dos biomarcadores, PCT e CRP, para o diagnóstico da sepsis, definido como índice kappa (IK). O intervalo de cut-off prático foi concordante com o intervalo dado pela ROCHE®, para o ano de 2016 e 2017. Desta forma, verificou-se que existe coerência entre o método considerado e o obtido na prática laboratorial. Após a realização do cálculo do IK, o grau de concordância foi classificado como “Muito Bom”, valorizando a utilização da PCT e CRP em simultâneo para a deteção da sepsis.