Publicação

EFEITOS DA CRISE COVID-19 NA CONECTIVIDADE DOMÉSTICA NOS AEROPORTOS PEQUENOS DAS REGIÕES NORTE E NORDESTE DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Resumo:	Grandes impactos na demanda por transporte aéreo como a pandemia COVID-19 tendem a causar efeitos estruturais de longo prazo. A conectividade aérea das regiões Norte e Nordeste do Brasil é essencial para a integração com o resto do território brasileiro e para o desenvolvimento econômico. Estas regiões têm os menores PIB per capita do país e altos níveis de desigualdade. Os aeroportos destas regiões são predominantemente pequenos e têm baixa conectividade. Pesquisamos o impacto comparativo da pandemia em aeroportos grandes e pequenos. Para isto, adaptamos o Airport Connectivity Quality Index (ACQI) de Wittman & Swelbar (2013) e o calculamos para todos os aeroportos brasileiros com base nas etapas combinadas de rotas domésticas de passageiros no Brasil durante dois períodos: 1) Pré-COVID – 975.270 voos entre Outubro de 2019 e Março de 2020; 2) Durante o COVID – 549.357 voos entre Outubro de 2020 e Março de 2021. Encontramos maior perda de conectividade em aeroportos grandes, localizados em municípios com PIBs altos e maior população, do que em aeroportos pequenos. Durante o COVID, na Região Norte, companhias aéreas regionais e sub-regionais operando aeronaves menores em rotas menos densas introduziram novas rotas intrarregionais com impacto socioeconômico importante. A viabilidade deste modelo de negócios na Região Norte parece derivar da deficiência dos outros modais de transporte de passageiros na região. Em termos de política pública, a conectividade na Região Norte se beneficiaria de incentivos para a criação de companhias aéreas regionais e sub-regionais e de proteção de suas operações de condutas anticompetitivas.
Autores:	Fernandes, Filipa
Assunto:	Modelo de negócios, conectividade aérea, ACQI, COVID-19, Aeroporto pequeno, país em desenvolvimento, Brasil Business model, air connectivity, ACQI, COVID-19, small airport, developing country, Brazil
Ano:	2022
País:	Portugal
Tipo de documento:	dissertação de mestrado
Identificadores:	ID: 202943933
Tipo de acesso:	Aberto
Instituição associada:	Repositório Comum, Repositório Comum, Instituto Superior de Educação e Ciências, Repositório Comum, Instituto Superior de Ciências Educativas
Código do projeto financiado:	202943933
Idioma:	português
Origem:	Repositório Comum

Descrição
Resumo:	Grandes impactos na demanda por transporte aéreo como a pandemia COVID-19 tendem a causar efeitos estruturais de longo prazo. A conectividade aérea das regiões Norte e Nordeste do Brasil é essencial para a integração com o resto do território brasileiro e para o desenvolvimento econômico. Estas regiões têm os menores PIB per capita do país e altos níveis de desigualdade. Os aeroportos destas regiões são predominantemente pequenos e têm baixa conectividade. Pesquisamos o impacto comparativo da pandemia em aeroportos grandes e pequenos. Para isto, adaptamos o Airport Connectivity Quality Index (ACQI) de Wittman & Swelbar (2013) e o calculamos para todos os aeroportos brasileiros com base nas etapas combinadas de rotas domésticas de passageiros no Brasil durante dois períodos: 1) Pré-COVID – 975.270 voos entre Outubro de 2019 e Março de 2020; 2) Durante o COVID – 549.357 voos entre Outubro de 2020 e Março de 2021. Encontramos maior perda de conectividade em aeroportos grandes, localizados em municípios com PIBs altos e maior população, do que em aeroportos pequenos. Durante o COVID, na Região Norte, companhias aéreas regionais e sub-regionais operando aeronaves menores em rotas menos densas introduziram novas rotas intrarregionais com impacto socioeconômico importante. A viabilidade deste modelo de negócios na Região Norte parece derivar da deficiência dos outros modais de transporte de passageiros na região. Em termos de política pública, a conectividade na Região Norte se beneficiaria de incentivos para a criação de companhias aéreas regionais e sub-regionais e de proteção de suas operações de condutas anticompetitivas.