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Gestão e saúde: o comportamento das famílias na gestão da saúde: impacto na esperança média de vida e no desenvolvimento

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Summary:O presente estudo representa uma investigação sobre a importância da gestão de saúde familiar no desenvolvimento, verificando assim a contribuição da gestão da saúde familiar para a esperança média de vida e o seu papel no desenvolvimento local, com as suas complexas relações causais. A promoção da saúde familiar passou a ser aprendida dentro das famílias, cujas crenças, valores e padrões de comportamento de saúde são formados e passados às gerações futuras. Verificamos que as condições de trabalho e em que vivem os cidadãos está relacionada com o seu nível de saúde, por via dos determinantes sociais de saúde (DSS). O modelo desenvolvido nesta tese, parte da análise dos determinantes invisíveis da saúde familiar, passando para o contributo que a gestão dos mesmos pode ter no aumento da qualidade de vida e da esperança média de vida. Concluímos que o facto de se considerar uma pessoa saudável não é independente da idade, atividade profissional, escolaridade, condições de habitação, número de residentes, ter filhos a residir, praticar exercício físico, hábitos tabágicos, visitar o médico de família ou um especialista. A mesma variável mostrou-se independente em relação ao estado civil ou às idas ao médico quando se está doente. A maioria vai ao médico por doença ou prevenção, procurando um médico de família e não um médico especialista, o que parece ser uma tendência recente. A maioria dos inquiridos exercem uma atividade profissional que consideram poder ter efeitos sobre a saúde. Em caso de doença própria ou de familiar a maioria das pessoas aconselha-se com o farmacêutico ou vai imediatamente ao médico. Sobre a perceção se a atividade profissional pode ter efeitos sobre a saúde, verificamos que a mesma não é independente do trabalho ser exercido por turnos ou existirem horas extraordinárias. É independente de trabalhar a partir do domicílio. Depois elaboramos uma análise fatorial consistente identificando um conjunto de fatores com importância sobre a gestão de saúde familiar, nomeadamente, Dificuldade de acesso aos cuidados de saúde; Precariedade Laboral; Hábitos Alimentares; Comportamentos de Saúde Familiar; Comportamentos Socioeconómicos; Educação e prevenção para a saúde, assim como um fator geral deles resultante que denominamos por obstáculos à saúde familiar. Posteriormente agrupamos por Distrito, verificando as diferenças entre eles. Finalmente estimamos uma regressão linear onde verificamos os fatores mais importantes para explicar a esperança média de vida e a sua previsível evolução para 2050.
Authors:Domingos, João Paulo Marôco; Diniz, Francisco José Lopes Sousa; Nogueira, Fernanda Maria Duarte
Subject:Acesso aos serviços de saúde Cuidados de saúde Qualidade de vida Comportamentos de saúde familiar Hábitos alimentares
Year:2014
Country:Portugal
Document type:doctoral thesis
Access type:Open
Associated institution:Repositório da UTAD, DSpace at My University, Repositório Institucional da UTAD
Language:Portuguese
Origin:Repositório da UTAD
Description
Summary:O presente estudo representa uma investigação sobre a importância da gestão de saúde familiar no desenvolvimento, verificando assim a contribuição da gestão da saúde familiar para a esperança média de vida e o seu papel no desenvolvimento local, com as suas complexas relações causais. A promoção da saúde familiar passou a ser aprendida dentro das famílias, cujas crenças, valores e padrões de comportamento de saúde são formados e passados às gerações futuras. Verificamos que as condições de trabalho e em que vivem os cidadãos está relacionada com o seu nível de saúde, por via dos determinantes sociais de saúde (DSS). O modelo desenvolvido nesta tese, parte da análise dos determinantes invisíveis da saúde familiar, passando para o contributo que a gestão dos mesmos pode ter no aumento da qualidade de vida e da esperança média de vida. Concluímos que o facto de se considerar uma pessoa saudável não é independente da idade, atividade profissional, escolaridade, condições de habitação, número de residentes, ter filhos a residir, praticar exercício físico, hábitos tabágicos, visitar o médico de família ou um especialista. A mesma variável mostrou-se independente em relação ao estado civil ou às idas ao médico quando se está doente. A maioria vai ao médico por doença ou prevenção, procurando um médico de família e não um médico especialista, o que parece ser uma tendência recente. A maioria dos inquiridos exercem uma atividade profissional que consideram poder ter efeitos sobre a saúde. Em caso de doença própria ou de familiar a maioria das pessoas aconselha-se com o farmacêutico ou vai imediatamente ao médico. Sobre a perceção se a atividade profissional pode ter efeitos sobre a saúde, verificamos que a mesma não é independente do trabalho ser exercido por turnos ou existirem horas extraordinárias. É independente de trabalhar a partir do domicílio. Depois elaboramos uma análise fatorial consistente identificando um conjunto de fatores com importância sobre a gestão de saúde familiar, nomeadamente, Dificuldade de acesso aos cuidados de saúde; Precariedade Laboral; Hábitos Alimentares; Comportamentos de Saúde Familiar; Comportamentos Socioeconómicos; Educação e prevenção para a saúde, assim como um fator geral deles resultante que denominamos por obstáculos à saúde familiar. Posteriormente agrupamos por Distrito, verificando as diferenças entre eles. Finalmente estimamos uma regressão linear onde verificamos os fatores mais importantes para explicar a esperança média de vida e a sua previsível evolução para 2050.