Publicação
A diarística na literatura para a infância: a escrita do eu entre o real e a ficção
| Resumo: | O trabalho de investigação que aqui se apresenta – A diarística na literatura para a infância: a escrita do eu entre o real e a ficção – tem como objeto de estudo o diário no universo da literatura para a infância. Trata-se de um trabalho essencialmente perspetivado na linha da teorização genológica, pelo que se problematiza a natureza arquitextual do universo de textos autobiográficos e, particularmente, diarísticos. Metodologicamente, cruza-se a poética dos textos e a crítica literária: problematiza-se a classificação genológica do diário de autor, dentro de uma perspetiva que entende o campo literário como realidade compósita; reconhecendo a natureza heterógena e cultural da literatura, entendida como sistema aberto e, por isso, em diálogo com outros sistemas sociais e culturais, problematiza-se o “lugar” do diário como género flutuante entre o literário e o não-literário e na sua relação com os géneros autobiográficos; clarifica-se a designação e o universo da literatura para a infância; por se entender que o sistema literário é vivo e que, por isso, se encontra em constante transformação, reflete-se acerca da evolução do diário – de um tempo em que ele era uma prática de escrita pessoal e íntima (semelhante ao diário de autor adulto, com a evidente diferença de o seu autor empírico ser uma criança ou um adolescente/jovem) até à atualidade, momento da emergência e da afirmação literária, cultural e social do diário ficcional, no qual se institui com o leitor um duplo pacto, ficcional e autobiográfico; finalmente, procede-se a uma reflexão, fundada na análise de diversas obras, acerca das propriedades deste diário ficcional, lendo-o como um catalisador de elementos próprios do atual processo de mundialização: nos mundos criados existe uma efetiva aproximação da personagem ao herói pícaro. Os narradores-personagens destes diários manifestam uma desvinculação com o seu tempo e o seu espaço, encontrando na forma humorística uma proposta para ultrapassarem os seus dramas interiores. Palavras-Chave: Diarística; Literatura para a Infância; Genologia textual; Autobiografia |
|---|---|
| Autores: | Gonçalves, Henriqueta Maria |
| Assunto: | Diarística Genologia textual Literatura para a Infância Autobiografia |
| Ano: | 2018 |
| País: | Portugal |
| Tipo de documento: | doctoral thesis |
| Tipo de acesso: | Aberto |
| Instituição associada: | Repositório da UTAD, DSpace at My University, Repositório Institucional da UTAD |
| Idioma: | português |
| Origem: | Repositório da UTAD |
| Resumo: | O trabalho de investigação que aqui se apresenta – A diarística na literatura para a infância: a escrita do eu entre o real e a ficção – tem como objeto de estudo o diário no universo da literatura para a infância. Trata-se de um trabalho essencialmente perspetivado na linha da teorização genológica, pelo que se problematiza a natureza arquitextual do universo de textos autobiográficos e, particularmente, diarísticos. Metodologicamente, cruza-se a poética dos textos e a crítica literária: problematiza-se a classificação genológica do diário de autor, dentro de uma perspetiva que entende o campo literário como realidade compósita; reconhecendo a natureza heterógena e cultural da literatura, entendida como sistema aberto e, por isso, em diálogo com outros sistemas sociais e culturais, problematiza-se o “lugar” do diário como género flutuante entre o literário e o não-literário e na sua relação com os géneros autobiográficos; clarifica-se a designação e o universo da literatura para a infância; por se entender que o sistema literário é vivo e que, por isso, se encontra em constante transformação, reflete-se acerca da evolução do diário – de um tempo em que ele era uma prática de escrita pessoal e íntima (semelhante ao diário de autor adulto, com a evidente diferença de o seu autor empírico ser uma criança ou um adolescente/jovem) até à atualidade, momento da emergência e da afirmação literária, cultural e social do diário ficcional, no qual se institui com o leitor um duplo pacto, ficcional e autobiográfico; finalmente, procede-se a uma reflexão, fundada na análise de diversas obras, acerca das propriedades deste diário ficcional, lendo-o como um catalisador de elementos próprios do atual processo de mundialização: nos mundos criados existe uma efetiva aproximação da personagem ao herói pícaro. Os narradores-personagens destes diários manifestam uma desvinculação com o seu tempo e o seu espaço, encontrando na forma humorística uma proposta para ultrapassarem os seus dramas interiores. Palavras-Chave: Diarística; Literatura para a Infância; Genologia textual; Autobiografia |
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