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Le Temps découpé de Michel Butor: um exemplo da escrita de experimentação

Bibliographic Details
Summary:A presente reflexão pretende abordar um caso de Literatura enquanto espaço de criação, cooperação/colaboração e inovação, centrando-se na singular e original obra Le Temps Découpé, produção que mistura as colagens do artista belga Thierry Renard com os textos de Michel Butor. Perante a riqueza e multiplicidade reveladas por esta produção a quatro mãos, o leitor deverá desempenhar não apenas o papel de simples consumidor, mas sobretudo o de produtor. Este texto constituirá, deste modo, um pretexto para a reflexão sobre a relação entre o escritor-filósofo Butor e o leitor/co-produtor. Constataremos, finalmente, que a obra de Butor apresenta uma questionação violenta dos conceitos de Arte e de Literatura, uma vez que recusa a comunicação imediata e transgride a disposição tradicional do livro, designadamente ao relacionar-se, de forma inovadora, com outros espaços artísticos.
Subject:Inter-artistic collaboration Colaboração inter-artística Modernidade Escrita de experimentação Transgression Transgressão Experimental writing Michel Butor Modernity
Country:Portugal
Document type:journal article
Access type:Open
Associated institution:Carnets, Revista Electrónica de Estudos Franceses
Language:Portuguese
Origin:Carnets, Revista Electrónica de Estudos Franceses
Description
Summary:A presente reflexão pretende abordar um caso de Literatura enquanto espaço de criação, cooperação/colaboração e inovação, centrando-se na singular e original obra Le Temps Découpé, produção que mistura as colagens do artista belga Thierry Renard com os textos de Michel Butor. Perante a riqueza e multiplicidade reveladas por esta produção a quatro mãos, o leitor deverá desempenhar não apenas o papel de simples consumidor, mas sobretudo o de produtor. Este texto constituirá, deste modo, um pretexto para a reflexão sobre a relação entre o escritor-filósofo Butor e o leitor/co-produtor. Constataremos, finalmente, que a obra de Butor apresenta uma questionação violenta dos conceitos de Arte e de Literatura, uma vez que recusa a comunicação imediata e transgride a disposição tradicional do livro, designadamente ao relacionar-se, de forma inovadora, com outros espaços artísticos.