Publicação
Máscaras faciais e desenvolvimento da Linguagem:
| Resumo: | A aquisição e o desenvolvimento da linguagem começam nos primeiros anos de vida e é por esta altura que a criança, através do contacto social e da observação, vai começar a adquirir e a desenvolver a sua língua materna. Esta aquisição e desenvolvimento só são possíveis quando um bebé está exposto a uma língua durante a primeira infância e existem ambientes comunicativos com a própria criança. É a qualidade do seu input linguístico que determinará o seu sucesso nesta aquisição e desenvolvimento. A comunicação engloba duas grandes vertentes, dependentes uma da outra: a comunicação verbal e a não-verbal. Dentro da comunicação não-verbal, para esta investigação, destaca-se a expressão facial, que abrange todos os movimentos realizados pela face (sorriso, levantamento de sobrancelhas, entre outros). Durante a pandemia Covid-19 em Portugal, em 2020, surgiu a imposição da utilização de máscaras faciais em todos os locais que não a própria habitação, por parte dos adultos, criando um obstáculo visual. O principal objetivo desta investigação é então o de entender se o uso de máscaras faciais teve impacto na aquisição e desenvolvimento da linguagem das crianças em contexto de creche. Para obter os resultados deste estudo foi realizado um inquérito a 100 educadores de infância e a metodologia utilizada carateriza-se como um método misto. Os resultados desta investigação sugerem que os educadores de infância sentiram que as máscaras faciais podem ter comprometido o desenvolvimento da linguagem das crianças e que os bebés (com menos de 1 ano) tiveram alguma dificuldade em reconhecê-los. Durante o período da utilização da máscara foi também verificado um maior recurso à comunicação não-verbal, por parte dos educadores participantes. Estes resultados vão ao encontro de um estudo realizado no Japão e em França, mencionado nesta investigação. |
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| Autores: | Esteves, Sandrina |
| Assunto: | Aquisição e Desenvolvimento da Linguagem; Comunicação Não-Verbal; Creche; Educadores de Infância; Máscaras Faciais; Pandemia Covid-19 Language Acquisition and Development; Nonverbal Communication; Daycare, Nursery School Educators, Face Masks; Covid-19 Pandemic |
| Ano: | 2024 |
| País: | Portugal |
| Tipo de documento: | dissertação de mestrado |
| Tipo de acesso: | Aberto |
| Instituição associada: | Repositório Comum, Instituto Superior de Educação e Ciências, Repositório Comum, Instituto Superior de Ciências Educativas |
| Idioma: | português |
| Origem: | Repositório Comum |
| Resumo: | A aquisição e o desenvolvimento da linguagem começam nos primeiros anos de vida e é por esta altura que a criança, através do contacto social e da observação, vai começar a adquirir e a desenvolver a sua língua materna. Esta aquisição e desenvolvimento só são possíveis quando um bebé está exposto a uma língua durante a primeira infância e existem ambientes comunicativos com a própria criança. É a qualidade do seu input linguístico que determinará o seu sucesso nesta aquisição e desenvolvimento. A comunicação engloba duas grandes vertentes, dependentes uma da outra: a comunicação verbal e a não-verbal. Dentro da comunicação não-verbal, para esta investigação, destaca-se a expressão facial, que abrange todos os movimentos realizados pela face (sorriso, levantamento de sobrancelhas, entre outros). Durante a pandemia Covid-19 em Portugal, em 2020, surgiu a imposição da utilização de máscaras faciais em todos os locais que não a própria habitação, por parte dos adultos, criando um obstáculo visual. O principal objetivo desta investigação é então o de entender se o uso de máscaras faciais teve impacto na aquisição e desenvolvimento da linguagem das crianças em contexto de creche. Para obter os resultados deste estudo foi realizado um inquérito a 100 educadores de infância e a metodologia utilizada carateriza-se como um método misto. Os resultados desta investigação sugerem que os educadores de infância sentiram que as máscaras faciais podem ter comprometido o desenvolvimento da linguagem das crianças e que os bebés (com menos de 1 ano) tiveram alguma dificuldade em reconhecê-los. Durante o período da utilização da máscara foi também verificado um maior recurso à comunicação não-verbal, por parte dos educadores participantes. Estes resultados vão ao encontro de um estudo realizado no Japão e em França, mencionado nesta investigação. |
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