| Resumo: | O carcinoma do esófago devido ao seu prognóstico reservado, à dificuldade no diagnóstico precoce e à atual incidência crescente, apresenta-se como uma patologia grave. A disfagia e a perda de peso são os sintomas mais frequentes, no entanto surgem tardiamente e habitualmente traduzem estadios avançados da doença. Desta forma em grande parte dos doentes o tratamento tem de ser paliativo. Este tem como objetivos principais, tratar de forma continuada a disfagia e manter o estado nutricional do doente. De forma a proporcionar-lhe uma melhoria na qualidade de vida. Estão atualmente à disposição diversas forma de paliação do cancro esofágico: meios cirúrgicos, meios endoscópicos, radioterapia, quimioterapia e braquiterapia. As técnicas endoscópicas têm tido nos últimos anos uma importância crescente na abordagem paliativa a esta doença. Principalmente desde a introdução das próteses metálicas auto expansíveis (PMAE), sendo a colocação destas, atualmente o método mais utilizado na paliação do cancro esofágico. A Gastrostomia Endoscópica Percutânea (PEG) é uma técnica, que apesar de não tratar a disfagia, pode ser utilizada de forma eficaz para a manutenção da nutrição, em doentes com esta patologia. Nesta monografia pretende-se discutir a abordagem paliativa ao cancro do esófago, na perspetiva do Gastroenterologista, focando a utilização da gastrostomia e a colocação de próteses esofágicas. |