Publicação

ESPETRO DE APRESENTAÇÃO CLÍNICA DE UMA MALFORMAÇÃO VENOSA RARA: AGENESIA DA VEIA CAVA INFERIOR

Detalhes bibliográficos
Resumo:INTRODUÇÃO: A agenesia da veia cava inferior é uma das anomalias mais raras deste vaso, com uma prevalência esti- mada de 0,0005–1% na população geral. Porém, cerca de 5% dos pacientes com menos de 30 anos com uma trombose venosa profunda apresentam esta anomalia. MÉTODOS E MATERIAL: Relato de dois casos clínicos de agenesia da veia cava inferior com diferentes apresenta- ções clínicas. CASO CLÍNICO 1: Um homem de 40 anos recorreu à urgência com queixas de edema e dor no membro inferior esquerdo, progredindo gradualmente para incapacidade de marcha. Ao exame físico foi encontrado edema e dor a palpação da perna e coxa, bem como veias colaterais abdominais superficiais proeminentes.O ecodoppler venoso mostrou trombose venosa profunda esquerda estendendo-se da veia poplítea até a veia ilíaca comum. O angio-TC mostrou agenesia da veia cava infrarrenal e veias renais a drenar para os sistemas ázigos e hemiázigos. O paciente teve alta com rivaroxabano e meias elásticas. Aos 2 meses mantinha-se hipocoagulado e estava assintomático. CASO CLÍNICO 2: Uma mulher de 35 anos, com história prévia de cirurgia de varizes de membros inferiores recorrentes e úlcera do maléolo interno esquerdo, apresentou-se na consulta com recorrência da úlcera.O angio-TC revelou ausência de veia cava infra-hepática, veias ázigos e hemiázigos dilatadas com colaterais retro- peritoneais dilatadas. A paciente iniciou cuidados de penso com óxido de zinco e rivaroxabano oral. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes com agenesia da veia cava inferior permanece assintomática. No entanto, quando sintomática, a maioria apresenta-se com uma trombose venosa profunda proximal envolvendo as veias ilíaca e femoral. A TC ou RM devem ser os métodos imagiológicos usados para diagnosticar esta anomalia. Nenhum consenso claro foi alcançado sobre a estratégia terapêutica, além da anticoagulação de longo prazo e uso de meias elásticas.
Assunto:Anomalias vasculares Deep Vein Thrombosis Inferior Vena Cava Agenesis Agenesia da Veia Cava Inferior Vascular anomalies Trombose venosa profunda
País:Portugal
Tipo de documento:journal article
Tipo de acesso:Restrito
Instituição associada:Angiologia e Cirurgia Vascular
Idioma:inglês
Origem:Angiologia e Cirurgia Vascular
Descrição
Resumo:INTRODUÇÃO: A agenesia da veia cava inferior é uma das anomalias mais raras deste vaso, com uma prevalência esti- mada de 0,0005–1% na população geral. Porém, cerca de 5% dos pacientes com menos de 30 anos com uma trombose venosa profunda apresentam esta anomalia. MÉTODOS E MATERIAL: Relato de dois casos clínicos de agenesia da veia cava inferior com diferentes apresenta- ções clínicas. CASO CLÍNICO 1: Um homem de 40 anos recorreu à urgência com queixas de edema e dor no membro inferior esquerdo, progredindo gradualmente para incapacidade de marcha. Ao exame físico foi encontrado edema e dor a palpação da perna e coxa, bem como veias colaterais abdominais superficiais proeminentes.O ecodoppler venoso mostrou trombose venosa profunda esquerda estendendo-se da veia poplítea até a veia ilíaca comum. O angio-TC mostrou agenesia da veia cava infrarrenal e veias renais a drenar para os sistemas ázigos e hemiázigos. O paciente teve alta com rivaroxabano e meias elásticas. Aos 2 meses mantinha-se hipocoagulado e estava assintomático. CASO CLÍNICO 2: Uma mulher de 35 anos, com história prévia de cirurgia de varizes de membros inferiores recorrentes e úlcera do maléolo interno esquerdo, apresentou-se na consulta com recorrência da úlcera.O angio-TC revelou ausência de veia cava infra-hepática, veias ázigos e hemiázigos dilatadas com colaterais retro- peritoneais dilatadas. A paciente iniciou cuidados de penso com óxido de zinco e rivaroxabano oral. DISCUSSÃO / CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes com agenesia da veia cava inferior permanece assintomática. No entanto, quando sintomática, a maioria apresenta-se com uma trombose venosa profunda proximal envolvendo as veias ilíaca e femoral. A TC ou RM devem ser os métodos imagiológicos usados para diagnosticar esta anomalia. Nenhum consenso claro foi alcançado sobre a estratégia terapêutica, além da anticoagulação de longo prazo e uso de meias elásticas.