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A Inclusão dos alunos com perturbação do espetro do Autismo nas classes do ensino regular do 1º Ciclo. Um estudo qualitativo com professores

Detalhes bibliográficos
Resumo:Embora em Portugal as políticas educativas preconizem a inclusão como o caminho a seguir, ainda há muito a fazer na promoção do sucesso educativo de todos os alunos. A educação é um direito humano básico e cabe à escola proporcionar contextos que permitam a todos maximizar o seu potencial. Neste sentido, torna-se pertinente refletir como se processa a inclusão dos alunos com Perturbação do Espetro do Autismo e de que forma as práticas inclusivas implementadas pelos professores se revelam promotoras da aprendizagem e do sucesso educativo destes alunos nas turmas do ensino regular. A metodologia de investigação utilizada é de natureza qualitativa e recorremos à entrevista semiestruturada como instrumento de recolha de dados de informação a dezoito professores do 1º Ciclo do Ensino Regular que integram nas suas turmas alunos com Perturbação do Espetro do Autismo. Pela análise dos dados e face aos desafios atuais na construção de escolas inclusivas, a maioria dos professores aceitam o paradigma da inclusão, no entanto só alguns conseguem promover a aprendizagem destes alunos na sala de aula, utilizando práticas e estratégias inclusivas diversificadas e adequadas. Constatamos também que a maior parte das escolas tem Unidade de Ensino Estruturado (UEE), constituindo um recurso importante para a inclusão dos alunos com PEA e ainda a existência de recursos humanos e técnicos que facilitam todo o processo de inclusão e sucesso educativo destes alunos. Alguns professores organizam o espaço da sala e planificam as atividades letivas com os professores da UEE, no entanto consideram não terem os conhecimentos essenciais e experiência pedagógica para intervir adequadamente devido à complexidade desta problemática, recorrendo permanentemente ao apoio do professor de educação especial. Outros constrangimentos ao trabalho dos professores decorrem sobretudo do receio que sentem perante o comportamento dos alunos, falta de tempo para gerir o grupo, turmas com um número elevado de alunos, gestão de horários para articulação, falta de recursos humanos e materiais e ainda a necessidade de formação contínua e especializada.
Autores:Ferreira, Marco
Assunto:atitudes dos professores Práticas e Estratégias Inclusivas Perturbação do Espetro do Autismo Modelos de Intervenção Inclusão Unidade de Ensino Estruturado
Ano:2018
País:Portugal
Tipo de documento:dissertação de mestrado
Identificadores:ID: 201867389
Tipo de acesso:Aberto
Instituição associada:Repositório Comum, Repositório Comum, Instituto Superior de Ciências Educativas, Repositório Comum, Instituto Superior de Educação e Ciências
Código do projeto financiado:201867389
Idioma:português
Origem:Repositório Comum
Descrição
Resumo:Embora em Portugal as políticas educativas preconizem a inclusão como o caminho a seguir, ainda há muito a fazer na promoção do sucesso educativo de todos os alunos. A educação é um direito humano básico e cabe à escola proporcionar contextos que permitam a todos maximizar o seu potencial. Neste sentido, torna-se pertinente refletir como se processa a inclusão dos alunos com Perturbação do Espetro do Autismo e de que forma as práticas inclusivas implementadas pelos professores se revelam promotoras da aprendizagem e do sucesso educativo destes alunos nas turmas do ensino regular. A metodologia de investigação utilizada é de natureza qualitativa e recorremos à entrevista semiestruturada como instrumento de recolha de dados de informação a dezoito professores do 1º Ciclo do Ensino Regular que integram nas suas turmas alunos com Perturbação do Espetro do Autismo. Pela análise dos dados e face aos desafios atuais na construção de escolas inclusivas, a maioria dos professores aceitam o paradigma da inclusão, no entanto só alguns conseguem promover a aprendizagem destes alunos na sala de aula, utilizando práticas e estratégias inclusivas diversificadas e adequadas. Constatamos também que a maior parte das escolas tem Unidade de Ensino Estruturado (UEE), constituindo um recurso importante para a inclusão dos alunos com PEA e ainda a existência de recursos humanos e técnicos que facilitam todo o processo de inclusão e sucesso educativo destes alunos. Alguns professores organizam o espaço da sala e planificam as atividades letivas com os professores da UEE, no entanto consideram não terem os conhecimentos essenciais e experiência pedagógica para intervir adequadamente devido à complexidade desta problemática, recorrendo permanentemente ao apoio do professor de educação especial. Outros constrangimentos ao trabalho dos professores decorrem sobretudo do receio que sentem perante o comportamento dos alunos, falta de tempo para gerir o grupo, turmas com um número elevado de alunos, gestão de horários para articulação, falta de recursos humanos e materiais e ainda a necessidade de formação contínua e especializada.