Publicação
A relevância da perceção e da mitigação do risco de inundações urbanas: o caso de Algés
| Resumo: | A crescente ocupação das bacias hidrográficas tem desencadeado um processo de impermeabilização dos solos sem precedentes. Os territórios têm-se tornando cada vez mais vulneráveis aos fenómenos de cheias rápida, devido à ocorrência de precipitação intensa em períodos de tempo relativamente curtos. As cheias de 1967 originaram vários mortos em Algés e verificou-se um aumento na impermeabilização desta bacia ao longo das últimas décadas. Por esta razão, serão de esperar impactos significativos em futuras ocorrências com períodos de retorno iguais ou superiores a 100 anos. Por esta razão, a escolha desta temática centrou-se na relevância da perceção e da mitigação do risco de inundação na freguesia de Algés. Para a execução do estudo foi elaborado um questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas respondida por 30 inquiridos (moradores e comerciantes) sendo o tratamento dos dados realizado com ajuda da Microsoft Excel. Apesar de 46,2% moradores e 41,2% comerciantes terem experiência pessoal com os processos de inundação, nenhum dos inquiridos procura informação sobre esse risco e 61,5% moradores e nenhum dos comerciantes consultados recebem informação sobre o risco a que estão sujeitos, nem sobre as medidas adotar, durante e depois da ocorrência. Neste trabalho foram propostas medidas mitigadoras estruturais para o controlo de água através da construção de bacias de retenção, modificação da bacia hidrográfica (relevo, vegetação, ocupação e uso dos solos) e diques transversais e de proteção da marginal e as medidas não estruturais através de politicas de desenvolvimento e ordenamento do território, planificação e controlo da ocupação e uso do solo, previsão e avisos de cheias e seguros contra cheias mas a implementação destes medida, por si só, não é suficiente é necessário completar essas medidas com a inclusão e participação das populações das áreas de risco é importante em todo processo de mitigação do risco de inundação, deve-se ensinar e esclarecer as pessoas sobre inundações, as suas causas, a forma de se protegerem e atuarem no caso de ocorrência e as medidas a adotarem para mitigar esse mesmo risco. |
|---|---|
| Autores: | Ribeiro, Manuel |
| Assunto: | Cheias rápidas, Perceção da população e comerciantes, Mitigação do risco Flash floods, Perception of the population and traders, Risk mitigation |
| Ano: | 2025 |
| País: | Portugal |
| Tipo de documento: | dissertação de mestrado |
| Tipo de acesso: | Aberto |
| Instituição associada: | Repositório Comum, Instituto Superior de Educação e Ciências, Repositório Comum, Instituto Superior de Ciências Educativas |
| Idioma: | português |
| Origem: | Repositório Comum |
| Resumo: | A crescente ocupação das bacias hidrográficas tem desencadeado um processo de impermeabilização dos solos sem precedentes. Os territórios têm-se tornando cada vez mais vulneráveis aos fenómenos de cheias rápida, devido à ocorrência de precipitação intensa em períodos de tempo relativamente curtos. As cheias de 1967 originaram vários mortos em Algés e verificou-se um aumento na impermeabilização desta bacia ao longo das últimas décadas. Por esta razão, serão de esperar impactos significativos em futuras ocorrências com períodos de retorno iguais ou superiores a 100 anos. Por esta razão, a escolha desta temática centrou-se na relevância da perceção e da mitigação do risco de inundação na freguesia de Algés. Para a execução do estudo foi elaborado um questionário estruturado com perguntas abertas e fechadas respondida por 30 inquiridos (moradores e comerciantes) sendo o tratamento dos dados realizado com ajuda da Microsoft Excel. Apesar de 46,2% moradores e 41,2% comerciantes terem experiência pessoal com os processos de inundação, nenhum dos inquiridos procura informação sobre esse risco e 61,5% moradores e nenhum dos comerciantes consultados recebem informação sobre o risco a que estão sujeitos, nem sobre as medidas adotar, durante e depois da ocorrência. Neste trabalho foram propostas medidas mitigadoras estruturais para o controlo de água através da construção de bacias de retenção, modificação da bacia hidrográfica (relevo, vegetação, ocupação e uso dos solos) e diques transversais e de proteção da marginal e as medidas não estruturais através de politicas de desenvolvimento e ordenamento do território, planificação e controlo da ocupação e uso do solo, previsão e avisos de cheias e seguros contra cheias mas a implementação destes medida, por si só, não é suficiente é necessário completar essas medidas com a inclusão e participação das populações das áreas de risco é importante em todo processo de mitigação do risco de inundação, deve-se ensinar e esclarecer as pessoas sobre inundações, as suas causas, a forma de se protegerem e atuarem no caso de ocorrência e as medidas a adotarem para mitigar esse mesmo risco. |
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