Publicação

Avaliação da perturbação de hiperatividade e défice de atenção na adolescência

Detalhes bibliográficos
Resumo:A elevada prevalência da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) junto da população escolar justifica o desenvolvimento de estudos no domínio da avaliação. O objetivo desta dissertação é estudar a avaliação de sintomas de PHDA através de três fontes distintas, pais, professores e adolescentes. Participaram no estudo realizado 369 alunos de duas escolas públicas, com idades entre os 12 e os 17 anos. Numa primeira fase, foi aplicada uma escala de avaliação de sintomas de PHDA, com base nos critérios do DSM-IV, a pais e professores e foi aplicada a escala de Conners (CADS-A) aos adolescentes. Numa segunda fase, aplicou-se um teste de atenção, um questionário de bem-estar subjetivo e um questionário de procrastinação, a 56 alunos que reuniram indicadores da PHDA e a 63 alunos que não reuniram indicadores da PHDA e que apresentaram bom rendimento escolar. A frequência de PHDA encontrada foi 15%, com a proporção entre adolescentes masculinos e femininos de 53,6% e 46,4%, respetivamente. O subtipo desatento foi o mais predominante, seguido do hiperativo-impulsivo e do combinado. Observou-se uma elevada taxa de concordância entre o relato de informantes para sintomas de PHDA. Os sintomas de desatenção e de hiperatividade-impulsividade estão inversamente correlacionados com o rendimento escolar, capacidade de atenção e bem-estar subjetivo e associados a comportamentos procrastinatórios. A escala CADS-A aparenta ser um indicador pouco sensível na avaliação da PHDA, na adolescência. Por seu lado, a avaliação de pais e professores mostrou ser mais eficaz na identificação de alunos cujo conjunto de sintomas de PHDA identificados compromete o seu rendimento escolar e o seu bem-estar. A validade do autorrelato para a identificação de sintomas de PHDA na adolescência parece ser menor quando comparada com a avaliação de terceiros.
Autores:Amado, Nuno
Assunto:Conners scale (CADS-A) Attention-deficit/hyperactivity disorder Avaliação Adolescência Evaluation Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção Escala de Conners (CADS-A)
Ano:2016
País:Portugal
Tipo de documento:dissertação de mestrado
Identificadores:ID: 201833603
Tipo de acesso:Aberto
Instituição associada:Repositório Comum, Instituto Superior de Ciências Educativas, Repositório Comum, Repositório Comum, Instituto Superior de Educação e Ciências
Código do projeto financiado:201833603
Idioma:português
Origem:Repositório Comum
Descrição
Resumo:A elevada prevalência da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) junto da população escolar justifica o desenvolvimento de estudos no domínio da avaliação. O objetivo desta dissertação é estudar a avaliação de sintomas de PHDA através de três fontes distintas, pais, professores e adolescentes. Participaram no estudo realizado 369 alunos de duas escolas públicas, com idades entre os 12 e os 17 anos. Numa primeira fase, foi aplicada uma escala de avaliação de sintomas de PHDA, com base nos critérios do DSM-IV, a pais e professores e foi aplicada a escala de Conners (CADS-A) aos adolescentes. Numa segunda fase, aplicou-se um teste de atenção, um questionário de bem-estar subjetivo e um questionário de procrastinação, a 56 alunos que reuniram indicadores da PHDA e a 63 alunos que não reuniram indicadores da PHDA e que apresentaram bom rendimento escolar. A frequência de PHDA encontrada foi 15%, com a proporção entre adolescentes masculinos e femininos de 53,6% e 46,4%, respetivamente. O subtipo desatento foi o mais predominante, seguido do hiperativo-impulsivo e do combinado. Observou-se uma elevada taxa de concordância entre o relato de informantes para sintomas de PHDA. Os sintomas de desatenção e de hiperatividade-impulsividade estão inversamente correlacionados com o rendimento escolar, capacidade de atenção e bem-estar subjetivo e associados a comportamentos procrastinatórios. A escala CADS-A aparenta ser um indicador pouco sensível na avaliação da PHDA, na adolescência. Por seu lado, a avaliação de pais e professores mostrou ser mais eficaz na identificação de alunos cujo conjunto de sintomas de PHDA identificados compromete o seu rendimento escolar e o seu bem-estar. A validade do autorrelato para a identificação de sintomas de PHDA na adolescência parece ser menor quando comparada com a avaliação de terceiros.