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Ataque incial com meios aéreos: Proposta de Sectores Prioritários de Intervenção

Detalhes bibliográficos
Resumo:Apesar do protagonismo que os meios aéreos têm na estratégia de ataque inicial aos incêndios florestais implementada em 2006, contribuindo, em conjunto com as forças terrestres para um sucesso alcançado na primeira intervenção, na ordem dos 94%, constata-se que o despacho automático de helicópteros de ataque inicial tem conduzido a um elevado número de missões em que os mesmos não chegam a intervir, ou mesmo a chegar ao teatro de operações. Entre 2008 e 2012, registaram-se, só na fase Charlie, 9.180 missões deste tipo (37,56% do total de missões de ataque inicial com helicópteros), com um consumo de 2.627 horas e 33 minutos de voo (17,64% do total de horas de voo em missões de ataque inicial com helicópteros). As preocupações com necessidade de uma gestão criteriosa das horas de voo, evitando a ultrapassagem do limite de horas contratadas e com elas o aumento substancial dos custos de operação com meios aéreos e, por outro lado, a existência de um número limitado de helicópteros de ataque inicial para responderem a vários incêndios florestais em simultâneo, conduziram ao desenvolvimento deste estudo. Através da sobreposição de variáveis como a distribuição geográfica dos quartéis dos corpos de bombeiros, a rede viária nacional, a suscetibilidade ao perigo de incêndio florestal, a frequência de ocorrência de incêndios florestais e a importância de determinadas áreas do ponto de vista florestal, elaborámos uma proposta onde considerámos que o despacho automático de meios aéreos de ataque inicial não deverá ser generalizado a todo o território de Portugal Continental, mas sim a sectores prioritários de intervenção (sectores vermelhos), em contraposição aos dois outros sectores, – amarelo e verde - que pressupõem a ponderação do Comandante Operacional Distrital, ou alguém por si delegado, sobre a necessidade de acionamento meios aéreos de ataque inicial, dentro de uma janela de tempo até aos 10 minutos após o alerta.
Autores:Almeida, Rui Manuel Lopes da Cunha
Assunto:Meios Aéreos de Combate a Incêndios Florestais Priority Response Sectors Sectores Prioritários Dispatch Despacho Firefighting Aircrafts Ataque Inicia Initial Attack
Ano:2015
País:Portugal
Tipo de documento:dissertação de mestrado
Identificadores:ID: 201833379
Tipo de acesso:Aberto
Instituição associada:Repositório Comum, Instituto Superior de Ciências Educativas, Repositório Comum, Instituto Superior de Educação e Ciências, Repositório Comum
Código do projeto financiado:201833379
Idioma:português
Origem:Repositório Comum
Descrição
Resumo:Apesar do protagonismo que os meios aéreos têm na estratégia de ataque inicial aos incêndios florestais implementada em 2006, contribuindo, em conjunto com as forças terrestres para um sucesso alcançado na primeira intervenção, na ordem dos 94%, constata-se que o despacho automático de helicópteros de ataque inicial tem conduzido a um elevado número de missões em que os mesmos não chegam a intervir, ou mesmo a chegar ao teatro de operações. Entre 2008 e 2012, registaram-se, só na fase Charlie, 9.180 missões deste tipo (37,56% do total de missões de ataque inicial com helicópteros), com um consumo de 2.627 horas e 33 minutos de voo (17,64% do total de horas de voo em missões de ataque inicial com helicópteros). As preocupações com necessidade de uma gestão criteriosa das horas de voo, evitando a ultrapassagem do limite de horas contratadas e com elas o aumento substancial dos custos de operação com meios aéreos e, por outro lado, a existência de um número limitado de helicópteros de ataque inicial para responderem a vários incêndios florestais em simultâneo, conduziram ao desenvolvimento deste estudo. Através da sobreposição de variáveis como a distribuição geográfica dos quartéis dos corpos de bombeiros, a rede viária nacional, a suscetibilidade ao perigo de incêndio florestal, a frequência de ocorrência de incêndios florestais e a importância de determinadas áreas do ponto de vista florestal, elaborámos uma proposta onde considerámos que o despacho automático de meios aéreos de ataque inicial não deverá ser generalizado a todo o território de Portugal Continental, mas sim a sectores prioritários de intervenção (sectores vermelhos), em contraposição aos dois outros sectores, – amarelo e verde - que pressupõem a ponderação do Comandante Operacional Distrital, ou alguém por si delegado, sobre a necessidade de acionamento meios aéreos de ataque inicial, dentro de uma janela de tempo até aos 10 minutos após o alerta.