Publicação

Representações do homem de ciência nas Viagens extraordinárias

Detalhes bibliográficos
Resumo:A figura do sábio cientista marca presença significativa em todas as formas de expressão artística e impõe-se como uma das mais paradigmáticas formas de representação da História das ideias e das mentalidades do século XIX. O cientista sábio do século XIX é um produto típico do seu tempo, ele ilustra a síntese perfeita dos valores e das virtudes que enformam a mundividência burguesa. Partindo desta conceção modelar e do princípio de que a ficção literária como modo de inteligibilidade das sociedades humanas pode constituir uma plataforma de grande relevância epistemológica, o presente artigo, tomando como ângulo de abordagem a obra de Jules Verne (1828-1905), essa grande caixa-de-ressonância das antecipações e das conquistas gloriosas mas também dos perigos e das contradições subjacentes ao progresso científico da segunda metade do século XIX, propõe-se fazer uma reflexão sobre os diversos tipos que compõem a figura poliédrica do homem de ciência oitocentista.
Assunto:conquistas ciência dangers perigos science literature cientistas literatura achievements Verne (Jules) scientists
País:Portugal
Tipo de documento:journal article
Tipo de acesso:Aberto
Instituição associada:Carnets, Revista Electrónica de Estudos Franceses
Idioma:português
Origem:Carnets, Revista Electrónica de Estudos Franceses
Descrição
Resumo:A figura do sábio cientista marca presença significativa em todas as formas de expressão artística e impõe-se como uma das mais paradigmáticas formas de representação da História das ideias e das mentalidades do século XIX. O cientista sábio do século XIX é um produto típico do seu tempo, ele ilustra a síntese perfeita dos valores e das virtudes que enformam a mundividência burguesa. Partindo desta conceção modelar e do princípio de que a ficção literária como modo de inteligibilidade das sociedades humanas pode constituir uma plataforma de grande relevância epistemológica, o presente artigo, tomando como ângulo de abordagem a obra de Jules Verne (1828-1905), essa grande caixa-de-ressonância das antecipações e das conquistas gloriosas mas também dos perigos e das contradições subjacentes ao progresso científico da segunda metade do século XIX, propõe-se fazer uma reflexão sobre os diversos tipos que compõem a figura poliédrica do homem de ciência oitocentista.