| Resumo: | O patriarcado presente nos romances O Cavalo de Sol e A Casa da Cabeça de Cavalo, de Teolinda Gersão, evidencia a abissal relação existente entre o homem e a mulher, a cultura e a natureza que delineiam as tessituras discursivas das personagens. Este trabalho pretende abordar as formas de libertação do sistema social opressor instituído no ambiente de convívio de Vitória e Maria Badala e o aporte teórico é baseado nos estudos de género e teorias feministas contemporâneas. Os emblemas simbólicos que domesticam a figura feminina e a aprisionam na cristalização do controle do homem são traços de expansão dessa dominante forma de estabelecer a justificativa da supremacia masculina. É possível evidenciar que as personagens femininas assumem traços de ruptura e insurreição com o agudo estigma instituído pela sociedade da época. Desmistificar a situação servil e desnudar certas relações conflituosas de género, tornam-se estratégias de enfrentamento para muitas mulheres. |