Publicação
A promoção da literacia no jardim de infância e em ambiente familiar
| Resumo: | Tanto o ambiente escolar como o familiar contribuem bastante para o desenvolvimento de competências de literacia. O jardim de infância (JI) proporciona à criança experiências diversificadas de comunicação. É em família que a criança constrói as primeiras perceções sobre a linguagem escrita, tendo em conta as experiências significativas que vivencia. O presente estudo elege esta problemática como tópico central e procura concretizar os seguintes objetivos: compreender as perspetivas de educadoras de infância (EI) sobre a promoção da literacia, no JI e em ambiente familiar; identificar as perceções de encarregados de educação (EE) quanto aos estímulos que os seus educandos recebem em ambiente familiar. A literatura (e.g. Dearing et. al, 2004, Weigel, Martin e Bennett, 2006) habilitou-nos ainda à formulação da hipótese de que existe uma relação entre o nível sociocultural das famílias e o tipo de estimulação a que as crianças estão sujeitas em casa. Participaram no estudo 2 EI e 105 EE de crianças a frequentar o último ano da educação pré-escolar. A recolha de dados foi efetuada por entrevista semidiretiva e por inquérito por questionário. As EI reportaram opiniões e práticas distintas sobre a estimulação da literacia: - uma defende abordagens pedagógicas mais humanistas, centradas essencialmente nas motivações e interesses das crianças. Promove a literacia através, sobretudo, de atividades baseadas na leitura de histórias; - a outra EI defende uma maior intencionalidade, com objetivos de aprendizagens mais estruturadas. Estimula a aprendizagem da leitura recorrendo a estratégias que a literatura prevê e defende (e.g. Mata, 2006). Ambas concordam que os EE estimulam pouco os educandos nesta área. Os EE inquiridos referem realizar diversas atividades com os educandos, com particular destaque para a leitura de histórias. A nossa hipótese de estudo confirmou-se: são os EE com habilitações mais elevadas os que mais estimulam competências de literacia nos educandos. Sugerimos, para estudos futuros, acrescentar às opiniões e perceções dados de observação direta, nos ambientes familiar e escolar, quer para confirmar os testemunhos quer para identificar outras. |
|---|---|
| Autores: | Freitas, Ana Cristina |
| Assunto: | Emergent literacy Literacy Literacia emergente Literacia Kindergarten Teachers Children Jardim-de-infância Kindergarten Educadores-de-infância Família Crianças Family |
| Ano: | 2017 |
| País: | Portugal |
| Tipo de documento: | dissertação de mestrado |
| Identificadores: | ID: 201857308 |
| Tipo de acesso: | Aberto |
| Instituição associada: | Repositório Comum, Repositório Comum, Instituto Superior de Ciências Educativas, Repositório Comum, Instituto Superior de Educação e Ciências |
| Código do projeto financiado: | 201857308 |
| Idioma: | português |
| Origem: | Repositório Comum |
| Resumo: | Tanto o ambiente escolar como o familiar contribuem bastante para o desenvolvimento de competências de literacia. O jardim de infância (JI) proporciona à criança experiências diversificadas de comunicação. É em família que a criança constrói as primeiras perceções sobre a linguagem escrita, tendo em conta as experiências significativas que vivencia. O presente estudo elege esta problemática como tópico central e procura concretizar os seguintes objetivos: compreender as perspetivas de educadoras de infância (EI) sobre a promoção da literacia, no JI e em ambiente familiar; identificar as perceções de encarregados de educação (EE) quanto aos estímulos que os seus educandos recebem em ambiente familiar. A literatura (e.g. Dearing et. al, 2004, Weigel, Martin e Bennett, 2006) habilitou-nos ainda à formulação da hipótese de que existe uma relação entre o nível sociocultural das famílias e o tipo de estimulação a que as crianças estão sujeitas em casa. Participaram no estudo 2 EI e 105 EE de crianças a frequentar o último ano da educação pré-escolar. A recolha de dados foi efetuada por entrevista semidiretiva e por inquérito por questionário. As EI reportaram opiniões e práticas distintas sobre a estimulação da literacia: - uma defende abordagens pedagógicas mais humanistas, centradas essencialmente nas motivações e interesses das crianças. Promove a literacia através, sobretudo, de atividades baseadas na leitura de histórias; - a outra EI defende uma maior intencionalidade, com objetivos de aprendizagens mais estruturadas. Estimula a aprendizagem da leitura recorrendo a estratégias que a literatura prevê e defende (e.g. Mata, 2006). Ambas concordam que os EE estimulam pouco os educandos nesta área. Os EE inquiridos referem realizar diversas atividades com os educandos, com particular destaque para a leitura de histórias. A nossa hipótese de estudo confirmou-se: são os EE com habilitações mais elevadas os que mais estimulam competências de literacia nos educandos. Sugerimos, para estudos futuros, acrescentar às opiniões e perceções dados de observação direta, nos ambientes familiar e escolar, quer para confirmar os testemunhos quer para identificar outras. |
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